terça-feira, 27 de julho de 2010

Tratamento Experimental da Paralisia Cerebral com Células Tronco

O vídeo que se apresenta está relacionado com o caso de um menino com paralisia cerebral, diagnosticada aos 8 meses de idade, que foi submetido a um tratamento experimental com células tronco do cordão umbilical.

Após o tratamento com as células tronco do cordão umbilical, verificaram-se melhorias impressionantes num curto espaço de tempo.

Este caso é sem dúvida uma prova magnífica das enormes capacidades deste tipo de células!

Corte do Cordão Umbilical Adiado Beneficia Bebé

No primeiro minuto após o nascimento, os médicos prendem o cordão umbilical para que este pare de "pulsar". É um procedimento comum nas maternidades dos dias de hoje, mas uma revisão sobre o tema indica que esperar até o cordão deixar de "pulsar" trás múltiplos benefícios para a saúde da criança.
Num estudo liderado por Paul Sanberg da Universidade do Sul da Florida, nos Estados Unidos, os cientistas salientam terem verificado que estas células do sangue do cordão umbilical ajudam a evitar problemas, como doenças respiratórias crónicas, anemia, problemas de visão, septicemia e, até, hemorragia cerebral.


A prática de prender o cordão umbilical começou há cerca de 50 anos, quando não se sabia a importância das células tronco. Segundo Paul Sanberg, parar essa transferência de sangue antes que essa função cesse por si própria é contraproducente.
Os cientistas fazem questão de alertar as mães que esperar mais tempo até que seja efectuado o corte não irá impedir que, caso queiram, as células do cordão umbilical sejam guardadas para uso futuro, procedimento cada vez mais comum no ocidente.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Células Tronco Inibem Crescimento de Células Cancerígenas


Segundo um estudo pulicado na revista Cancer Letters, as células tronco presentes no sangue do cordão umbilical são capazes de inibir o crescimento de células cancerígenas metastásticas de cancros agressivos.

A pesquisa mostrou que a matriz extracelular, formada por proteínas e polissacarídeos, das células encontradas no sangue do cordão umbilical estimula o aumento de uma proteína com efeitos anti-cancerígenos nos tumores.

Os pesquisadores expuseram células de um cancro de mama, durante dois dias, às células tronco do sangue do cordão umbilical. As células expostas foram implantadas em fêmeas de rato e os resultados mostraram que o volume dos tumores tratados com células tronco foram menores do que nos animais do grupo de controlo.

Os cientistas mostraram ainda que as células cancerígenas têm uma estreita relação com o micro-ambiente que as cerca. De acordo com informações divulgadas pelo CiênciaHoje.pt, a compreensão do efeito inibidor do micro-ambiente das células tronco pode permitir o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para o combate ao câncer.

Para David Ferreira, responsável médico da Crioestaminal, a pesquisa vai explicar a relação entre substâncias da matriz extracelular, produzidas por células estaminais, com as potencialidades inibidoras do crescimento de células cancerígenas.

Extraído de http://www.isaude.net
/

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lusocord - Banco Público de Células Tronco






O Lusocord é o único banco público de criopreservação de células tronco português e funciona no Centro de Histocompatibilidade do Norte (CHN).
Após o preenchimento de um inquérito por parte da futura mãe, que pode ser feito pela internet, e de todas as análises sanguíneas necessárias que são requeridas, o kit pode ser levantado no centro ou enviado para casa da parturiente conforme o pedido.

É de referir que todo o processo não tem nenhum gasto por parte dos dadores.

O Lusocord funciona como outros bancos públicos de células (p.e. sangue), ou seja, todas as amostras recolhidas ficam à disposição de quem delas necessitar e os pais não têm qualquer poder legal sobre o fim dado a estas. Em suma, as células tronco criopreservadas poderão ser utilizadas por qualquer pessoa tal como acontece nas transfusões sanguíneas, e não saberemos portanto de onde vêm nem para onde vão as nossas, temos apenas a certeza que todos os testes necessários foram feitos e que não há nenhum perigo na sua utilização.

Embora não saibamos se em caso de necessidade as nossas células tronco criopreservadas ainda permanecem no banco e ainda não foram utilizadas, a criopreservação de sangue do cordão umbilical num banco público é sempre uma boa opção (especialmente para aqueles que não poderão pagar os montantes pedidos pelos bancos privados), uma vez que, se grande parte da população portuguesa colaborar, teremos no Lusocord variedade e quantidade suficiente para todos.


O Lourenço (acima) foi o primeiro português a doar o sangue do cordão umbilical para o Lusocord.


terça-feira, 6 de julho de 2010

Células Estaminais: designação

As células estaminais possuem várias designações consoante o país. Em Portugal são designadas células estaminais ou células-mãe. Por sua vez, no Brasil, designam-se de "células tronco". Esta variação é característica da tradução do original inglês «Stem Cells».
Quanto à designação destas células, o Professor Catedrático Henrique Guedes Pinto (2009) afirma:

«"Stem" em inglês designa "tronco", e nunca "estame" como alguém, provavelmente afastado das ciencias biológicas, apressada e erradamente presumiu. Estame em inglês é "stamen". Dessa confusão entre "stem" com "estame", em vez da designação de "células tronco" (células a partir das quais se diferenciam - "ramificam" - todos os outros tipos de células, do coração, pâncreas, neurónios, etc.), surgiu a errónea tradução de "células estaminais", que significa células dos estames.
Como em animais não há estames (só nas plantas) ainda mais absurda se torna a tradução feita.»

Tal como Pinto (2009), também nós partilhamos a mesma opinião e, por isso, tentámos utilizar sempre o termo "células tronco".

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Células Tronco utilizadas pela 1ª vez para criar células cardíacas

Uma equipa de pesquisa da Faculdade de Medicina Mount Sinai (Estados Unidos) conseguiram, pela primeira vez, diferenciar as células tronco humanas em células do coração com cardiomiopatia, uma condição na qual as células musculares do coração são anormais.

A descoberta permitirá que os cientistas aprendam como essas células se tornam doentes, e a partir daí eles podem começar a desenvolver terapias farmacológicas para impedir que a doença ocorra ou piore.

Os pesquisadores usaram células da pele de dois pacientes com uma desordem genética conhecida pela sigla síndrome LEOPARD. A cardiomiopatia hipertrófica, ou espessamento do músculo do coração, está presente em 80% dos pacientes com síndrome LEOPARD e é o aspecto mais fatal da doença. As células da pele dessas pessoas foram reprogramadas e tornaram-se células tronco pluripotentes, que se diferenciam em quase todas as células. Os pesquisadores criaram então células cardíacas com características de cardiomiopatia hipertrófica.

"Nós sabíamos que havia potencial no uso de células tronco pluripotentes, a partir de pessoas com doenças genéticas para desenvolver as enfermidades in vitro, mas o nosso estudo é o primeiro a criar com êxito células anormais do coração", disse o investigador principal do estudo, Ihor R. Lemischka. "Agora que desenvolvemos essas células, podemos desenvolver tratamentos para impedir o seu crescimento."

Os cientistas sabem que as doenças genéticas ocorrem devido a uma mutação numa proteína, mas foram incapazes de determinar com precisão como é que isso resulta nos problemas de doenças associadas, como a cardiomiopatia hipertrófica. Os autores do estudo concluíram que as células do coração derivadas dessas células tronco pluripotentes fornecem as características necessárias para determinar com precisão a patologia por detrás desses distúrbios, e é uma base para o estudo de intervenções terapêuticas.

"Esta descoberta tem implicações de amplo alcance para doenças genéticas como a síndrome LEOPARD e a síndrome de Noonan," concluiu Lemischka.


Extraído e adaptado de: http://www.isaude.net

Vaticano na Investigação com Células Tronco


O Vaticano anunciou que se associou a um laboratório farmacêutico norte-americano para "desenvolver a investigação" e "sensibilizar a opinião pública" para as terapias com células tronco adultas.

O acordo foi assinado entre o Conselho Pontifício para a Cultura e o laboratório NeoStem Inc., precisou a Santa Sé, em comunicado.

A Igreja Católica recusa a investigação terapêutica com células tronco embrionárias, mas aceita a que se faz com células tronco do cordão umbilical ou adultas, localizadas por exemplo no sangue do cordão umbilical.

O convénio assinado estipula que a fundação associada à empresa farmacêutica e o projecto para a Ciência, Teologia e Investigação Ontológica do Conselho Pontifício para a Cultura colaborem em programas de educação, nomeadamente na realização de cursos e seminários universitários interdisciplinares de teologia, filosofia e bioética.


Extraído e adaptado do Jornal de Notícias.