terça-feira, 27 de abril de 2010

Histocompatibilidade


Cada um de nós tem uma individualidade biológica característica e muito particular. Com o nosso património genético herdamos algumas características que são marcadores dessa individualidade. Entre elas temos os genes HLA, Human Leucocyte Antigen (Antigénios Leucocitários Humanos), que codificam uma série de glicoproteínas – A, B, e D – que se localizam na superfície dos nossos leucócitos (glóbulos brancos).

Os genes HLA encontram-se no cromossoma 6. Como existem dois cromossomas 6, existem dois genes A, B e D, que podem também ser chamados de alelos. Por sua vez, estes alelos vão dar origem a 6 glicoproteínas HLA. Estas glicoproteínas vão ser reconhecidas pelos nossos linfócitos, que constituem as marcas da nossa identificação pessoal a nível celular.

Se uma célula estranha entrar no nosso organismo, os linfócitos não vão reconhecer o seu sistema HLA e vão atacar essas mesmas células. A acção destas células, constitui por isso, a nossa defesa contra as infecções e o cancro.

Apesar deste sistema nos ajudar a proteger contra as infecções e o cancro, este é também o responsável, no caso dos alotransplantes de células tronco, pela rejeição das células do dador. Isto acontece caso não se verifique histocompatibilidade entre o dador e o receptor. Ou seja, os linfócitos reconhecem as células do transplante como estranhas e destroem-nas (GHVD – Graft Versus Host Disease, ou seja, Doença do Transplante versus Hospedeiro). Uma compatibilidade completa entre dador e receptor significa uma correspondência 6/6 antigénios HLA.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Urgente!!


Ana Patrícia Ribeiro Fernandes, de 4 anos, reside em Murça Trás-os-Montes, está neste momento internada no IPO do Porto e precisa urgentemente de encontrar um dador de medula.

Para ser dador dirija-se ao Hospital Polido Valente ou ao Centro de Histocompatibilidade do Porto no Hospital de S.João de Segunda a Quinta das 8h às 16h e Sextas das 8h às 15h.

Vamos tentar ajudar a encontrar um dador compatível. Se não puder ser dador basta passar esta mensagem ao maior número de pessoas possível.

Obrigado!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Bioética - Uma questão importante

A utilização das células tronco é cada vez mais acentuada, e por isso, deve cada vez mais incentivar-se o debate acerca dos seus limites e licitude. Desta forma é importante fazer surgir uma reflexão que coloque em evidência as implicações éticas da utilização de células tronco.

Actualmente, as células tronco adultas começam a ser uma alternativa terapêutica bastante recorrente para as doenças que o permitam. Devido às características prodigiosas que possuem, podem assegurar a cura de um paciente portador de determinada doença, cuja aplicação da terapia com células tronco adultas seja exequível.

Contudo, as células tronco embrionárias apresentam capacidades ainda mais fascinantes quando comparadas com células tronco adultas. Devido ao facto de se tratarem de células totalmente indiferenciadas (pluripotentes), estas podem transformar-se em qualquer tipo de célula. Esta ideia torna-se fascinante se pensarmos na aplicação que elas poderão ter na área da medicina, permitindo porventura curar doenças mortais com tecidos e órgãos feitos à medida.

Os estudos feitos com células tronco embrionárias têm levantado grandes polémicas, como é possível determinar nas palavras de Tom Murray, especialista em bioética, que afirma: "É difícil terminar as disputas éticas (...) Confrontamo-nos com distinções subtis sobre o início da vida, que têm implicações científicas e religiosas."

Uns alegam que é imoral desperdiçar embriões excedentários, que podem salvar vidas. Outros, que defendem que a vida começa quando um espermatozóide fertiliza um óvulo, são absolutamente contra a ideia de se utilizarem e produzirem embriões para obter as ditas células. Na opinião destes, a diferença entre um embrião, um feto e um bebé é o tempo, e todos merecem protecção.


Será eticamente correcta a utilização de células tronco embrionárias? Deverá apostar-se no seu uso intensivo? O que acham? Deixem a vossa opinião...

Embrião com 5 dias (altura em que são extraídas as células)

sábado, 10 de abril de 2010

Vamos debater CIÊNCIA!!

O Elixir da Juventude, destinado a eliminar a velhice e a prolongar a vida, trata-se de um mito muito antigo.

Os antigos magos acreditavam poder captar as energias vitais universais e concentrá-las numa substância universal, cujas propriedades especiais permitiriam a cura e a regeneração do organismo, prolongando-se desta forma a vida. Deste modo o Elixir da Juventude poderá também ser encarado como um Elixir da Longa Vida.

Atendendo esta curta caracterização, poder-se-ão considerar as células-tronco um Elixir da Juventude/Elixir da Longa Vida? Porquê?



Deixe o seu comentário... Vamos debater CIÊNCIA!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sondagem!!


No âmbito de um concurso a que nos propusemos participar, sugerido pela Ordem dos Biólogos para os alunos do ensino secundário, e que se denomina por “Células Estaminais – O Elixir da Juventude?”, decidimos colocar no blog uma sondagem com o seguinte título “As células-tronco poderão ser consideradas um Elixir da Juventude?”.

Esta sondagem tem como principal objectivo averiguar a opinião dos visitantes do blog, para que posteriormente possamos utilizar os dados recolhidos no trabalho que irá ser feito para o concurso referido acima.

Gostaríamos ainda que os visitantes do blog, além de participarem na sondagem, dessem a sua opinião através de um comentário. Desta forma poderíamos ficar a conhecer melhor as opiniões distintas e quem sabe até debater os pontos de vista de cada um. Seria certamente uma experiência de feedback muito positiva!

Agradecemos assim o voto, e já agora, o comentário de cada um de vocês… ;)